

O presidente da Infraero (estatal responsável pelos aeroportos), brigadeiro José Carlos Pereira, disse ontem que os peritos detectaram "uma fumaça forte" no motor esquerdo do Airbus-320 da TAM no filme feito do avião durante sua tentativa fracassada de pouso na pista principal do aeroporto de Congonhas.Essa fumaça, ainda segundo o brigadeiro, introduz um elemento novo no início das investigações do maior acidente da história da aviação brasileira, com mais de 190 mortes: a possibilidade de falha mecânica no equipamento -algo que a direção da TAM nega.Segundo ele, os motores são acionados para trás quando da decolagem, para impulsionar o jato para a frente. O fluxo é invertido quando ocorre o pouso, ajudando a frenagem. É o famoso "reverso", cujo defeito foi responsável pela queda do Fokker-100 da mesma TAM nas vizinhanças do aeroporto de Congonhas em 1996.
A fumaça pode indicar que os dois motores estavam funcionando em sentidos opostos, um impulsionando para a frente e outro freando, o que poderia explicar, por exemplo, por que o piloto não conseguiu parar o avião, que continuou em velocidade bem alta depois de tocar o solo e girou para a esquerda ao final da pista, em vez de seguir reto. O filme mostra claramente a diferença de velocidade entre o Airbus e outras aeronaves no mesmo espaço.


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